segunda-feira, 25 de janeiro de 2016


ATLETAS DA VOZ

PROTEJAM SUA AUDIÇÃO


    Alguns ATLETAS DA VOZ ficam expostos a volumes que podem ultrapassar 110 dB dependendo da sua proximidade das caixas de som. Isso corresponde a ficar ao lado de uma britadeira quebrando concreto.
    Ficar muito tempo ouvindo música em volume elevado pode causar danos permanentes à sua audição como zumbido ou perda auditiva.
      Campanhas de audição têm demostrado que os amantes da música não dão a devida atenção para suas orelhas.
      Uma pesquisa de 2008 realizada com 2.711 frequentadores de festivais de música descobriu que 84% dessas pessoas sentiam algum tipo de “abafamento” auditivo ou um “piiiiiiiii” constante nas orelhas após ficarem em ambiente com música alta.   Esses são os primeiros sinais de que você pode estar prejudicando sua audição; ela pode até voltar ao normal na manhã seguinte, mas se a exposição ao ruído for permanente, os danos também podem ser permanentes.
   Tenha sempre em mente que os prejuízos auditivos resultam da combinação entre TEMPO de exposição ao ruído e INTENSIDADE do ruído.
       Em alguns shows a intensidade do som chega a 137 dB. Para efeito de comparação, uma turbina de um jato produz ruído de 140 dB e é extremamente prejudicial à audição.
     Então, como um ATLETA DA VOZ ou um apreciador de música pode proteger sua audição? Usando protetor auditivo ou earplug.
       Existem alguns protetores específicos para músicos que não interferem na qualidade do som ouvido, apenas amenizam o volume.
       Além de usar algum tipo de proteção auditiva, fique longe das caixas de som e evite permanecer por muito tempo em locais muito ruidosos.

       Todos estamos sujeitos a prejudicar nosso sistema auditivo quando ficamos expostos à música alta e a audição uma vez perdida, não volta naturalmente. Portanto, a melhor solução é PROTEGER SUAS ORELHAS DO RUÍDO.

   





     






SEJA UM ATLETA DA VOZ



sábado, 23 de janeiro de 2016

USO DE MEDICAMENTOS E A VOZ


REMÉDIOS QUE PODEM INTERFERIR NA QUALIDADE VOCAL

   Vários medicamentos podem ter efeito negativo na voz, sejam eles prescritos por um médico, auto administrados e até mesmo naturais.
  A maioria dos remédios que interferem na qualidade vocal promovem a desidratação, inflamação ou edema nas cordas vocais e é importante que um ATLETA DA VOZ sempre converse com seu médico sobre os possíveis efeitos da medicação administrada em sua voz.

Medicamentos e Ressecamento das cordas vocais

 As cordas vocais funcionam melhor quando estão lubrificadas, assim como o motor do seu carro. Cordas vocais ressecadas não vibram de maneira eficiente e precisam de mais esforço para produção vocal.

Diversos medicamentos ressecam as cordas vocais, os principais são:

- Descongestionantes nasais:
 A maior parte dos remédios para gripe/resfriado possuem pseudoefedrina que desidrata as cordas vocais. Se você é um ATLETA DA VOZ utilize esse tipo de remédio somente quando realmente necessário.

- Anti-histamínicos:
 Presentes na maioria dos remédios para resfriado e alergia, os anti-histamínicos também ressecam as cordas vocais. Alguns anti-histamínicos mais modernos têm efeito de ressecamento menor que os mais tradicionais. Um farmacêutico poderá te orientar sobre isso.

- Diuréticos:
 Medicamentos diuréticos, geralmente utilizados no tratamento de pressão alta, aumentam o fluxo de saída de líquido do corpo e podem ressecar a mucosa que cobre suas cordas vocais. Nunca suspenda o uso da medicação sem orientação médica, converse com seu clínico.

- Outros remédios que podem ressecar suas cordas vocais:
       - antidepressivos
       - remédios para Doença de Parkinson
       - medicações para doenças neurológicas
       - remédios para emagrecimento

Medicamentos e Inflamação das cordas vocais

- Esteroides inalatórios:
  As substâncias presentes em remédios inalatórios podem ter efeito irritativo e, em alguns casos, desencadeiam uma leve irritação nas cordas vocais. Se seu médico prescreveu o uso de esteroides inalatórios para asma, siga rigorosamente as recomendações feitas pelo fabricante. Se perceber que fica rouco quando usa esse tipo de medicamento, consulte seu otorrinolaringologista.

- Relaxantes musculares:
 Diversos relaxantes musculares podem causar refluxo por que ao relaxar a musculatura do corpo, também relaxa a musculatura do esfíncter que deveria manter o ácido gástrico dentro do estômago.

Outras medicações que podem interferir na sua voz:

- Enzima conversora da angiotensina (ECA):
  São inibidores presentes nos remédios pra pressão alta e podem induzir à tosse ou pigarro excessivo em aproximadamente 10% dos pacientes. Tossir e pigarrear excessivamente pode contribuir para lesões nas cordas vocais.

- Anticoncepcionais:
  Por possuírem estrogênio, podem causar retenção de líquido (edema) nas cordas vocais.

- Estrogênio:
  Reposição de estrogênio pós menopausa pode ter efeito positivo ou negativo na voz.

- Testosterona:
  A testosterona e outros hormônios andrógenos deixam a voz mais “pesada”. Sempre consulte seu médico antes de tomar qualquer tipo de hormônio. Mudanças vocais causadas pelo uso de hormônio são PERMANENTES.

- Anticoagulantes:
  Podem aumentar as chances de hemorragia ou pólipos nas cordas vocais quando submetidas à um uso vocal intenso (fonotrauma)

- Ervas Medicinais:
  Tenha sempre em mente que ervas não são menos prejudiciais por serem naturais. Muitas delas podem ter efeitos desconhecidos incluindo alguns prejudiciais à sua voz.

CONSULTE SEMPRE UM MÉDICO

EVITE USO CONTÍNUO DE QUALQUER MEDICAÇÃO QUE NÃO TENHA SIDO CRITERIOSAMENTE PRESCRITA POR UM MÉDICO


AO SENTIR QUE ALGUMA MEDICAÇÃO INTERFERE NA SUA QUALIDADE VOCAL, CONVERSE COM SEU MÉDICO

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Fga  Thays Vaiano
Especialista em Voz
Preparadora Vocal
Mestre e Doutoranda em Distúrbios da Comunicação
Professora do Centro de Estudos da Voz

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

VARIAÇÕES DE TEMPERATURA E VOZ


VARIAÇÕES DE TEMPERATURA
- corrida com obstáculos dos Atletas da Voz - 

     

     Mudanças frequentes de temperatura, em que muitas vezes é possível ter as sensações térmicas das quatro estações do ano num mesmo dia, permitem que as pessoas tenham contato com diversas alterações respiratórias, principalmente as de caráter alérgico. As campeãs são a rinite alérgica e a asma, embora gripe e resfriado também sejam comuns.
     A rinite é uma irritação e inflamação da mucosa nasal, podendo ser viral ou bacteriana. No entanto, ela se manifesta principalmente após contato com substâncias causadoras de alergias, como ácaro, umidade, pó, fumaça e outros agentes ambientais. Essa inflamação causa produção excessiva de muco, que leva à coriza, o sintoma mais típico da rinite.
Variações na umidade do ar também podem aumentar o aparecimento de doenças respiratórias e alérgicas e representa outro fator agravante da rinite, pois favorece a proliferação de ácaros e fungos.
     Os ATLETAS DA VOZ precisam estar sempre atentos à essas frequentes mudanças climáticas durante o dia, tanto para se proteger das alergias, quanto das quedas de temperatura e desconfortos decorrentes das mudanças na umidade do ar pois muitas vezes alterações também interferem na qualidade vocal.
     O mecanismo de reação alérgica é muito complexo e seu grau de resposta é bem variável para cada indivíduo. No entanto, pessoas com alergias manifestadas nas vias respiratórias são mais propícias a desenvolverem problemas na voz, numa relação direta com o grau da alergia. Desse modo, os ATLETAS DA VOZ devem ficar atentos para evitar contato com substâncias ou situações que desencadeiam as crises. Mas se ainda assim elas acontecerem é preciso buscar ajuda especializada, para cuidar criteriosamente das suas causas e possíveis consequências.
     Observamos que muitas pessoas buscam remediar os sintomas, mas não buscam a real causa da alergia. Buscar o fator que desencadeia o processo alérgico é fundamental para que poder eliminar de vez o problema e não precisar tratar toda vez que ele aparecer.
     Mesmo nos dias mais quentes, o velho e bom conselho de mãe “não esquece o casaco” continua sendo de grande valia para todo e qualquer ATLETA DA VOZ.


Flávia Badaró
Fonoaudióloga – PUC-SP
Especialista em Voz – Centro de Estudos da Voz – CEV-SP
Especialista em Linguagem – COGEAE – PUC-SP
Fisioterapeuta – Universidade de Taubaté - SP